Planejamento de SBRT de pulmão com respiração livre ou em fase expiratória: análise dosimétrica para a técnica de VMAT

Autores

  • Bianca de Quadros Cerbaro INCA
  • Ricardo Gomes dos Reis
  • Thiago dos Reis Martins
  • Igor Martinez Martinez INCA
  • Lilian D'Antonino Faroni INCA
  • Thiago Bernardino Silveira INCA

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n1.p27-30

Palavras-chave:

SBRT, câncer de pulmão, gating respiratório, tomografia 4D.

Resumo

O estado-da-arte de tratamento de câncer de pulmão é realizado com a modalidade de radioterapia estereotática ablativa (SBRT). O planejamento do tratamento envolve imagens de tomografia em quatro dimensões (4DCT). Para utilização da técnica de gating, a irradiação é feita utilizando-se somente uma das fases do ciclo respiratório do paciente, por exemplo a fase expiratória. O objetivo deste estudo foi analisar parâmetros dosimétricos de planejamentos de SBRT realizados na fase de expiração, comparando-os ao cálculo de dose na CT de respiração livre (FBCT). Para tal, analisou-se retrospectivamente quatro pacientes com câncer de pulmão periférico tratados com SBRT. As fases correspondentes à expiração na 4DCT foram utilizadas para delineamento do ITVexp. As fases em conjunto foram utilizadas para reconstrução do ITV original (ITVMIP). Utilizou-se a técnica de arco modulado (VMAT) para entrega da dose. Para cada paciente, o plano obtido na reconstrução da fase expiratória foi comparado ao plano de tratamento original, realizado conforme as imagens de tomografia em respiração livre (FBCT). Comparou-se os volumes absolutos dos pulmões recebendo 10, 15, 20 e 30 Gy. Por fim, o volume de dose espalhado foi analisado pela isodose de 27 Gy (V27). As doses em V10, V15, V20 e V30 dos pulmões reduziram, em média, 41,2%, 42%, 45,7% e 37,2%, respectivamente. A variação máxima do ITV da expiração para o da FBCT foi de 1,1 cm na direção longitudinal. Houve redução significativa do volume do ITVexp para o ITVMIP, em média, 34,9%. O volume de PTVexp diminuiu, em média, 52,1%. O volume da isodose de 27 Gy reduziu, em média 25,9%. Portanto, o uso de um protocolo de delineamento e planejamento de SBRT que considera imagens de tomografia na fase de expiração possibilita reduzir consideravelmente o volume de pulmão irradiado e, potencialmente, tende a reduzir complicações relacionadas ao tratamento, como a pneumonite.

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Referências

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Publicado

2016-09-29

Como Citar

Cerbaro, B. de Q., dos Reis, R. G., Martins, T. dos R., Martinez, I. M., Faroni, L. D., & Silveira, T. B. (2016). Planejamento de SBRT de pulmão com respiração livre ou em fase expiratória: análise dosimétrica para a técnica de VMAT. Revista Brasileira De Física Médica, 9(1), 27–30. https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n1.p27-30

Edição

Seção

Artigo Original