Caracterização de Dosímetros Opticamente Estimulados Utilizados para Dosimetria em Mamografia
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2025.v19.19849001811Palavras-chave:
Física Médica, Dosimetria OSL, luminescência opticamente estimulada, Mamografia, Controle da QualidadeResumo
A mamografia é, atualmente, o método mais eficaz para detectar o câncer de mama de maneira precoce. Por ser um exame que utiliza radiação ionizante, é necessário monitorar e otimizar as doses recebidas por pacientes, a fim de garantir imagem de alta qualidade com a menor dose. Um método de monitoração da dose na mama é através da medida do kerma de entrada na pele utilizando dosímetros e do cálculo da dose glandular média (DGM). Há diversos dosímetros que podem ser empregados para tal, como os dosímetros termoluminescentes (TLD) e dosímetros opticamente estimulados (OSLDs). Mas, como a resposta do dosímetro OSL difere conforme a energia utilizada, para garantir o uso deste tipo de dosímetro, há a necessidade de caracterizar seus limites, reprodutibilidade, precisão e avaliar a dependência energética. O objetivo deste trabalho é caracterizar os OSLDs para a faixa de energia utilizada em mamografia e avaliar resultados de medidas realizadas nos serviços de mamografia no país entre os anos de 2020 à 2022 utilizando este tipo de dosimetria. Para isso, foi determinado o limite inferior de detecção (DLID), a reprodutibilidade, a precisão estatística, o fator de sensibilidade e os fatores de calibração. Como resultado, encontrou-se DLID = 18,5035 ± 0,0009 µGy, fatores de sensibilidade entre 0,91 e 1,07 e fatores de calibração entre 0,248916 e 0,294323 µGy/Leitura. Concluiu-se que o limite inferior de detecção dos OSLDs é capaz de detectar valores próximos a 98% menores da dose mínima utilizada em exames de mamografia e que os fatores de sensibilidade determinados melhoram a reprodutibilidade dos dosímetros quando se utiliza grandes lotes.
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