Dependência energética do TLD 100 (LiF;Mg,Ti) para a faixa de energia utilizada em mamografia
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2020.v14.19849001558Palavras-chave:
Física Médica, Proteção Radiológica, Mamografia, TLD 100, Dependência EnergéticaResumo
Em mamografia, as doses na mama são medidas em serviços de todo o país como parte do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia. Este controle é feito por meio de cartões dosimétricos contendo medidores termoluminescentes TLD 100. O sinal TL destes dosímetros são convertidos em kerma no ar incidente, Ki , por meio de fatores de calibração (Fc) que dependem da energia dos fótons do espectro de raios X utilizado. Os objetivos deste estudo foram determinar a relação entre Fc para o TLD 100 e camada semirredutora dos espectros usados em mamografia, e estabelecer a relação entre o Fc obtido para o espectro de raios X gerado com 28 kV/Mo/Mo e os Fc obtidos para as demais qualidades de feixe estudadas. Adicionalmente, procurou-se determinar a influência dos materiais do alvo dos tubos de raios X (molibdênio e tungstênio) na calibração do TLD 100. Para toda a faixa de energia estudada, o Fc variou de 0,250 a 0,180 mGy/nC, para as camadas semirredutoras de 0,310 a 0,654 mmAl, respectivamente. A comparação entre o valor do Fc de 28 kV/Mo/Mo e as outras qualidades de feixe estudadas, mostrou que a dose glandular média pode ser subestimada em até 10,8% para as qualidades com menores e superestimada em até 20,3% para as maiores. Em relação à influência do material alvo, foi observado um erro máximo de 6,1% para Fc quando utilizado somente alvo de Mo e 3,3% com alvo de W em comparação com o ajuste dos resultados utilizando os dois alvos. A partir da relação entre os Fc do TLD 100 e a qualidade do feixe, foi possível observar a dependência energética destes dosímetros na faixa de energia usada em mamografia e, com isso, garantir o seu uso correto para estimativa da dose glandular média em mulheres submetidas à mamografia.
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