Controle de Qualidade em Varredura de Corpo Inteiro: Uma Discussão em Aberto

Thalena  Carolina Zanetti; Eduardo Farias da Silva; Marco Antonio de Oliveira

doi:10.29384/rbfm.2021.v15.19849001636

Autores

Thalena Carolina Zanetti Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular/ Instituto do Coração do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-5419-9073
Eduardo Farias Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular/ Instituto do Coração do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Marco Antonio de Oliveira Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular/ Instituto do Coração do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2021.v15.19849001636

Palavras-chave:

medicina nuclear, controle de qualidade, velocidade de varredura

Resumo

O programa de garantia da qualidade em Medicina Nuclear (MN) é responsável pela aplicação e análise de testes nos equipamentos afim de oferecer imagens funcionais de qualidade aos pacientes. Com uma grande variedade de exames que empregam a varredura de corpo inteiro para diagnóstico e avaliação da conduta terapêutica dos pacientes, testes de controle de qualidade para análise da velocidade de deslocamento da mesa são indicados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar variações na velocidade de varredura de corpo inteiro, a necessidade de adequação do equipamento e indicação de ação corretiva com base nos critérios da AIEA através de três experimentos utilizando uma fonte plana de ⁵⁷Co. O primeiro consistiu de 07 varreduras no modo contínuo utilizando velocidades diferentes de aquisição e comprimento fixo de 100 cm. No segundo experimento, a velocidade de 12 cm/min permaneceu fixa para o modo contínuo, enquanto os comprimentos das 07 varreduras variaram. Para o terceiro, foram selecionados o modo de aquisição spot e o comprimento de 140 cm. Em poder dessas imagens, no primeiro e segundo experimentos foi possível visualizar a presença de um artefato que reflete baixa densidade de contagens localizado sempre à mesma distância do início da imagem, indicativo de não-uniformidade na velocidade de scan. Este problema foi confirmado nos perfis longitudinais, os quais não apresentaram a forma de platô. No terceiro experimento não foi notada a presença do artefato em faixa. Portanto, este trabalho permitiu aplicar um teste de controle de qualidade pouco realizado em MN para verificação da performance de uma gama câmara em exames de varredura de corpo inteiro, mostrando-se adequado e eficaz no propósito de identificar a presença de não-uniformidades regionais nas imagens devido a variações na velocidade de deslocamento da mesa.

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