Utilização de Mapas Topográficos de Eletroencefalograma para Análise de Imagens Funcionais de Ressonância Magnética de Pacientes com Epilepsia Refratária Focal

Autores

  • Cassiano Hideyoshi Asano Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
  • Tonicarlo Velasco Centro de Cirurgia de Epilepsia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Brasil
  • Danilo Maziero Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Brasil
  • Carlos Ernesto Garrido Salmon Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n3.p19-23

Resumo

Pacientes com epilepsia refratária focal, indicados à cirurgia, são submetidos à exames diagnósticos que tem como objetivo a localização da região epileptogênica (região cerebral responsável pelas crises epilépticas) e regiões eloquentes do cérebro. Dentre estes exames, as imagens funcionais por ressonância magnética (fMRI, sigla em inglês) e o EEG (eletroencefalograma) são muito utilizados em função de sua alta resolução espacial e temporal respectivamente. Um método multimodal como o EEG-fMRI relaciona respostas elétricas com respostas hemodinâmicas do cérebro, desta forma possibilita a localização de possíveis regiões epileptogênicas. Entretanto, quando utilizado o método convencional de análise, utilizando somente as descargas epileptiformes interictais (IEDs, sigla em inglês) como estímulo na construção de um preditor temporal para a aplicação do Modelo Linear Generalizado (GLM, sigla em inglês), uma porcentagem significativa dos casos é inconclusiva. Todavia é discutido na literatura que uma melhor concordância clínica é obtida quando utilizado uma correlação temporal da topografia média do dado de EEG fora do tomógrafo durante uma IED, com o dado de EEG durante a aquisição de simultânea, gerando um novo preditor ao GLM. Neste trabalho, propomos a comparação entre estes métodos de geração de preditores e também a construção de um novo preditor utilizando a correlação de todas as IED medidas durante uma aquisição, com o dado de EEG-fMRI. Em nossos resultados verificamos que a metodologia proposta não aumenta a sensibilidade da análise de fMRIs, porém sua combinação com diferentes métodos há uma melhor concordância com o quadro clínico.

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Publicado

2016-06-06

Como Citar

Asano, C. H., Velasco, T., Maziero, D., & Salmon, C. E. G. (2016). Utilização de Mapas Topográficos de Eletroencefalograma para Análise de Imagens Funcionais de Ressonância Magnética de Pacientes com Epilepsia Refratária Focal. Revista Brasileira De Física Médica, 9(3), 19–23. https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n3.p19-23

Edição

Seção

Artigo Original