Quão confiáveis são os valores de potência acústica emitidos por equipamentos de ultrassom em fisioterapia?

Autores

  • Abraão da Rocha Melo Nascimento Academia da Força Aérea
  • Mariane Goulart Mocker Pinto
  • Thaís Pinório Omena
  • Wagner Coelho de Albuquerque Pereira
  • José Francisco Silva Costa-Júnior Brazilian Air Force Academy

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2023.v17.19849001709

Palavras-chave:

ultrassom terapêutico, potência, exatidão, manutenção, fisioterapia

Resumo

O ultrassom terapêutico é um dos métodos de tratamento de lesões musculoesqueléticas mais empregados em fisioterapia. Entretanto, quando os aparelhos de ultrassom terapêutico (AUST) operam fora da faixa preconizada pela Norma Internacional IEC 61689:2013, podem não contribuir com o tratamento (se os valores de potência acústica emitida, PAE, usados forem inferiores aos valores das potências nominais, PN) ou agravar a lesão (se a potência empregada for superior à PN). A IEC 61689:2013 estabelece que o erro máximo admissível para os valores de PAE seja de ± 20%. O objetivo desse estudo foi verificar se os valores da potência emitida por quatro equipamentos de ultrassom da Seção de Fisioterapia do Grupo de Saúde de Pirassununga, GSAU-YS, (AUST1, AUST2, AUST3 e AUST4) estavam de acordo com o estabelecido pela norma. Além disso, foi avaliada a repetibilidade das medições realizadas com os equipamentos em 3 dias distintos. Uma balança de força de radiação acústica foi empregada para medir a potência emitida pelos equipamentos, os quais foram configurados para operar no modo contínuo. Foram realizadas 10 medições da PAE para cada valor PN com todas as frequências disponíveis e área de radiação efetiva. Os aparelhos, mesmo estando com as manutenções em dia, apresentaram vários valores de PAE com erro relativo superior ao determinado pela norma (81,39% de 1800 medições com aparelho AUST1, 58,67 % de 1800 medições com AUST2, 75,25 % de 1200 medições com AUST3 e 3,17% de 600 medições com AUST4). Assim, é importante que as empresas que fabricam ou realizam manutenção em AUSTs, mantenham os valores de potência acústica dentro da faixa determinada pela norma internacional. Os profissionais que acompanham a manutenção/calibração desses equipamentos devem identificar, nos relatórios elaborados pelas empresas que prestam serviços de manutenção/calibração, se os valores de potência testados estão dentro da faixa recomendada pela norma IEC 61689:2013.

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Biografia do Autor

José Francisco Silva Costa-Júnior, Brazilian Air Force Academy

José Francisco S. Costa-Júnior received the B.S. degree in Physics from Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BA, Brazil, in 2007, and the M.S. and Ph.D. degrees in n Biomedical Engineering from Federal University of Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-RJ, Brazil, in 2010 and 2014, respectively. During his graduate studies, he worked on projects related to ultrasonic elastography, signal processing, metrology, physiotherapeutic ultrasound, phantoms, blood coagulation and characterization of biological tissues and phantoms. He is currently a Lieutenant in the Brazilian Air Force Academy, where he teaches subjects related to the field of physics, such as applied physics, electricity, mechanics and communication systems. His current research interests are ultrasonic signal and image processing, ultrasound radiation-force-based elastography, vibro-acoustography, conventional elastography, impulsive acoustic radiation force, bio-instrumentation and tissue characterization using ultrasound.

He is a member of the Brazilian Association of Biomedical Engineering.

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Publicado

2023-07-17

Como Citar

da Rocha Melo Nascimento, A., Goulart Mocker Pinto, M., Pinório Omena, T., Coelho de Albuquerque Pereira, W., & Silva Costa-Júnior, J. F. (2023). Quão confiáveis são os valores de potência acústica emitidos por equipamentos de ultrassom em fisioterapia?. Revista Brasileira De Física Médica, 17, 709. https://doi.org/10.29384/rbfm.2023.v17.19849001709

Edição

Seção

Artigo Original