Desenvolvimento de Objetos Simuladores de Cabeça para Dosimetria e Otimização de Protocolos em Tomografia Computadorizada
Palavras-chave:
Tomografia Computadorizada, Dosimetria, Objetos Simuladores, Qualidade de ImagemResumo
Este As varreduras de tomografia computadorizada (TC) promovem uma maior exposição do paciente à radiação do que um exame de radiografia convencional. Esses exames contribuem para o aumento da dose absorvida pelo paciente e da dose coletiva da população, sendo uma preocupação para a saúde pública. Assim sendo, existe a necessidade de aperfeiçoar os protocolos de aquisição de imagens, visando reduzir as doses, sem o prejuízo da qualidade diagnóstica da imagem. Os protocolos de varredura de TC de cabeça e pescoço estão entre aqueles que mais depositam dose em pacientes e consequentemente, aumentam o risco de desenvolvimento de cânceres, principalmente em bebês, crianças e adolescente. Além disso, os riscos dos efeitos estocásticos são maiores para as crianças, devido à radiossensibilidade tecidual aliada à maior expectativa de vida e pelo fato de volumes menores receberem maiores doses em TC. O desenvolvimento de objetos simuladores permite determinar os valores de doses absorvidas em pacientes, quando representam adequadamente o indivíduo, tanto em sua composição, como em seu volume. Para o desenvolvimento deste trabalho foram confeccionados quatro objetos simuladores cilíndricos feitos de polimetilmetacrilato (PMMA) que representaram diferentes volumes de cabeça de crianças e adultos, com diâmetros de 11, 12, 13 e 16 cm. Os objetos simuladores foram submetidos a varreduras de TC em quatro serviços de radiodiagnóstico distintos de Belo Horizonte utilizando o protocolo de rotina de cada serviço. A fatia central dos objetos simuladores foi irradiada sucessivamente e as mediações foram realizadas com uma câmara de ionização do tipo lápis em cinco pontos distintos de cada objeto simulador. Foram obtidos os valores de dose absorvida para cada objeto simulador de forma a comparar a variação de dose entre objetos simuladores e entre os serviços de radiodiagnóstico. A partir desses dados, foram testados diferentes protocolos de aquisição utilizando diferentes valores de tensão de alimentação do tubo de raios X (70, 80, 100 e 120 kV) e carga (mA.s). Dentre os protocolos de aquisição testados foram selecionados como ótimos aqueles que apresentaram o menor valor de dose absorvida, definido pelo Índice de Dose Volumétrico (CTDIvol). Como parâmetro de controle dos testes de novos protocolos foi definido que o ruído na imagem da fatia central deveria ser limitado em 1% de modo a garantir a qualidade diagnóstica da imagem. Os valores de dose absorvida (CTDIvol) utilizando os protocolos de rotina para varreduras de cabeça variaram entre 23,67 e 50,91 mGy. Protocolos otimizados propostos reduziram a dose absorvida em até 91,04% no menor objeto simulador com 11 cm de diâmetro que representa a cabeça de um recém-nascido.
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