Contribuição das Ações Avançadas de Segurança Radiológica em um Laboratório de Hemodinâmica na Diminuição do Perfil de Exposição dos Pacientes e Equipe Técnica
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2020.v14.19849001491Palavras-chave:
Física Médica, Hemodinâmica, Radiologia Intervencionista, Cardiologia Intervencionista, Proteção RadiológicaResumo
Com base em normas vigentes no Brasil, todos os equipamentos de radiodiagnóstico médico devem fazer parte de um programa de garantia de qualidade, integrante do programa de proteção radiológica. Em 2008 o Instituto de Cardiologia Rio Grande do Sul iniciou um estudo pioneiro focado na elaboração, aplicação e avaliação de um conjunto de ações avançadas de segurança radiológica. Este artigo descreve as ações avançadas em segurança radiológica implementadas em um laboratório de hemodinâmica. Estas ações foram centradas em orientações a IAEA, ANVISA e AAPM e culminaram em seis ações avançadas específicas. Dentro de cada ação avançada foram realizados testes de controle de qualidade, padronização técnica/tecnológica, treinamentos e assentamentos de dose. As ações avançadas específicas foram: (1) rotinas de calibrações especiais e diferenciadas para os níveis específicos de dose; (2) rotinas de auditoria técnica para liberação do equipamento para uso após manutenção preventiva e corretiva; (3) rotinas de treinamentos avançados de segurança radiológica e padronização técnica; (4) rotinas de padronização tecnológica e configuração de protocolos pré-selecionados; (5) gestão avançada dos assentamentos de dose, emissão de relatórios, criação de indicadores, investigação de dose e definição de metas; (6) rotinas de calibrações especiais e diferenciadas para os níveis específicos de dose para o modo cine de funcionamento. Como resultados, após a implementação das seis ações verificamos: uma redução de 0,087 mSv/exame para 0,022 mSv/exame, totalizando 74,71% de diminuição do indicador de exposição ocupacional por exame; uma redução de 7,3 % para 1,7 %, totalizando 76,71% de diminuição da porcentagem de procedimentos realizados no laboratório de hemodinâmica que extrapolou a dose crítica de 2 Gy; um aumento de durabilidade do tubo de raios X de 10 meses para 26 meses, totalizando 160% de incremento da vida útil.
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