Avaliação da Radiação Espalhada em Acompanhantes durante exames de Tomografia Pediátrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2025.v19.19849001856

Palavras-chave:

Radiação espalhada, Acompanhantes, Tomografia computadorizada pediátrica, Radioproteção

Resumo

A Tomografia Computadorizada (TC) é uma ferramenta diagnóstica amplamente utilizada, sendo realizada em diversos tipos de pacientes. No entanto, quando se trata do público pediátrico, a realização do exame pode apresentar desafios específicos, sobretudo em relação à colaboração da criança durante o procedimento. Devido à necessidade de imagens de alta qualidade e à sensibilidade do equipamento a movimentos, em muitos casos torna-se indispensável a sedação para garantir um bom exame. Ainda assim, essa conduta envolve uma série de riscos e limitações, como a degradação da imagem de TC, os próprios riscos clínicos associados, a dependência da disponibilidade de anestesista especializado e a necessidade de cuidados no período pós-exame. Em função destes fatores, muitas instituições optam, sempre que possível, por evitar a sedação e permitir a presença de um acompanhante na sala de exame, como alternativa para promover a contenção e o conforto da criança. Esse acompanhante assume o papel de tranquilizar e conter a criança, no entanto, esta prática introduz uma nova preocupação no que diz respeito à proteção radiológica, uma vez que o indivíduo presente na sala está potencialmente exposto à radiação espalhada pela criança. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar, com base nos limites de dose anuais para indivíduos do público estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), os níveis de radiação espalhada aos quais os acompanhantes estão expostos durante procedimentos de TC em crianças. A partir dos resultados constatou-se que, sem o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os protocolos pediátricos de crânio, mastoides e abdome sem contraste obteve-se respectivamente uma dose efetiva no acompanhante de aproximadamente 36, 18 e 11,5 μSv, além disso, observou-se uma redução de 94% da dose de radiação espalhada para os mesmos protocolos com o uso de um avental de 0,5 mm de chumbo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. WESOLOWSKI JR, Lev MH. CT: History, Technology, and Clinical Aspects. Semin. Ultrasound CT MRI. 2005;26:376-379.

2. Berland LL, Smith JK. Multidetector-Array CT: Once Again,Techology Creates New Opportunities. Radiol. 1998; 209:327-329.

3. LUÍS, Gaspar Domingos; POZZO, Lorena. ID075 Panorama quantitativo do uso de Tomógrafo Computadorizado no Sistema Único de Saúde do Brasil de 2019 a 2022: EIXO 3: EQUIDADE E ACESSO. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, v. 9, n. s. 1, 2024.

4. ICRP. International Commission On Radiological Protection. The 2007 recommendations of the International Commission on Radiological Protection. Exeter: Elsevier, 2007. (ICRP Publication 103).

5. THUKRAL, Brij Bhushan. Problems and preferences in pediatric imaging. Indian Journal of Radiology and Imaging, v. 25, n. 04, p. 359-364, 2015.

6. NOONAN, Sarah; SPUUR, K.; NIELSEN, S. Immobilisation in Australian paediatric medical imaging: a pilot study. Radiography, v. 23, n. 2, p. e34-e40, 2017.

7. BELLOLIO, M. Fernanda et al. Incidence of adverse events in paediatric procedural sedation in the emergency department: a systematic review and meta-analysis. BMJ open, v. 6, n. 6, p. e011384, 2016.

8. ARTUNDUAGA, Maddy et al. Safety challenges related to the use of sedation and general anesthesia in pediatric patients undergoing magnetic resonance imaging examinations. Pediatric radiology, v. 51, p. 724-735, 2021.

9. MAHMOUD, Mohamed; TOWE, Christopher; FLECK, Robert J. CT chest under general anesthesia: pulmonary, anesthetic and radiologic dilemmas. Pediatric Radiology, v. 45, n. 7, p. 977- 981, 2015.

10. OVERHOFF, Daniel et al. Radiation dose of chaperones during common pediatric computed tomography examinations. Pediatric Radiology, v. 50, p. 1078-1082, 2020.

11. OKUNO, Emico; YOSHIMURA, Elisabeth Mateus. Física das radiações. Oficina de textos, 2016.

12. ICRP. International Commission on Radiological Protection. The 1990 recommendations of the International Commission on Radiological Protection. Oxford: Pergamon Press, 1991. (ICRP Publication 60).

13. ICRP. International Commission on Radiological Protection. Conversion coefficients for use in radiological protection against external radiation. Exeter: Elsevier, 1996. (ICRP Publication 74).

14. COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN). CNEN NN 3.01: requisitos básicos de radioproteção e segurança radiológica de fontes de radiação. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 18 abr. 2024.

15. BIEGAŁA, Michał et al. Analysis of dose distribution around a computed tomography scanner in terms of exposure to scattered ionizing radiation of caregivers of pediatric patients. International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health, v. 37, n. 3, p. 326, 2024.

Downloads

Publicado

2025-12-02

Como Citar

José Ravel Campos Lima, Costa Ferreira, C., Bastos Reis, M., & Beatryz Alves de Andrade, V. (2025). Avaliação da Radiação Espalhada em Acompanhantes durante exames de Tomografia Pediátrica. Revista Brasileira De Física Médica, 19, 856. https://doi.org/10.29384/rbfm.2025.v19.19849001856

Edição

Seção

Artigo Original

Artigos Semelhantes

<< < 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.