Doses Absorvidas em Órgãos Internos em Fantoma Feminino de Tórax em Radiologia Diagnóstica
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2020.v14.19849001517Palavras-chave:
raios X diagnóstico, dosimetria, filmes radiocrômicosResumo
Os exames radiológicos por imagens no qual os pacientes são submetidos tem aumentado de forma considerável, tornando crescente a exposição às radiações ionizantes. Muito se conhece da dose na entrada na pele em diversas técnicas radiológicas, entretanto não se discriminam as doses em órgãos sensíveis do corpo. Neste trabalho foi proposto mensurar doses absorvidas em órgãos internos de um fantoma feminino de tórax, através de exposições de raios X diagnóstico. Para o estudo foi utilizado dois equipamentos de raios X e um fantoma de tórax do grupo de pesquisa Núcleo de Radiações Ionizantes NRI/UFMG. Como dosímetros foram utilizados filmes radiocrômicos XRQA2, que foram posicionados dentro do fantoma de tórax, localizados no coração, pulmão direito e esquerdo, mama e pele. Foram realizadas duas exposições, em posicionamento antero-posterior (AP) e lateral de tórax. Após as exposições, os filmes radiocrômicos foram digitalizados e mapas de suas intensidades em RGB (red, green e blue) foram gerados. Os dados dos filmes irradiados foram convertidos em densidade ótica e posteriormente em dose, de acordo com a curva de calibração construída. Valores médios de dose e seus desvios padrões foram gerados para análise e para avaliação das doses absorvidas nos tecidos equivalentes (TE) de órgãos internos. Após análise, foi observado que as doses médias encontradas nos TE de órgãos internos estão correlacionadas aos níveis de referência em radiodiagnósticos (NRDs) (MINISTÉRIO DA SAÚDE ,1998) preconizados pela dose de entrada na pele em pacientes adultos e com dados na literatura. O estudo demonstra a possibilidade de monitorar as doses absorvidas em órgãos internos utilizando fantomas antropomórficos e antropométricos, estabelecendo assim novas metodologias de otimização para minimizar danos biológicos e clínicos induzidos pela exposição à radiação no radiodiagnóstico.
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