Estudo da Viabilidade de Otimização dos Protocolos Pediátricos em Exames de Tomografia Computadorizada de Crânio
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2021.v15.19849001616Palavras-chave:
Proteção radiológica, CTDI vol, Tomografia Computadorizada Pediátrica, Qualidade de Imagem, Figura de MéritoResumo
A tomografia computadorizada (TC) é um método de diagnóstico por imagem com altas doses de radiação ionizante entregue ao paciente – de 100 a 500 vezes as doses em procedimentos convencionais por raios X. No caso de pacientes pediátricos, a preocupação com as doses de radiação é maior, devido à grande expectativa de vida e ao fato de eles serem mais radiossensíveis que adultos. Sendo assim, optou-se por realizar o estudo com pacientes pediátricos, de 0 a 2 anos, submetidos a exames de TC de crânio. objetivo deste trabalho é apresentar a avaliação de um processo de otimização de protocolos de crânio pediátrico em tomografia computadorizada, avaliando parâmetros de qualidade de imagem e diminuição de dose, sem perda na qualidade das imagens. Foi verificado o índice CTDIvol em quinze amostras de exames de crânio, assim como parâmetros de aquisição das imagens, no referido protocolo. A partir destes dados, foram desenvolvidos cinco protocolos experimentais e analisaram-se as razões contraste-ruído das imagens produzidas. Utilizando como métrica de qualidade a figura de mérito (FOM) para análise da qualidade em comparação com os níveis de CTDIvol, concluiu-se que, embora o índice de dose do protocolo atual esteja condizente com a recomendação da AAPM, de 29 mGy, é possível reduzir o índice de CTDIvol, para 18 mGy – ou seja, uma redução de 40% do CTDIvol com relação à recomendação da AAPM e de 23% em relação ao protocolo atual. Com os parâmetros de aquisição estudados, constatou-se uma redução na qualidade das imagens, conforme a análise do FOM. Sendo assim, sugere-se a utilização de algoritmos de redução do ruído, ou seja, filtros de reconstrução, para não haver prejuízo da qualidade diagnóstica das imagens.
Downloads
Referências
2. Mello AC, Machado Neto V. Proposta de Medição de Dose em Cristalino e na Tireoide em Exame de Tomografia de Seios da Face. 1º Congresso de Metrologia das Radiações Ionizantes. Rio de Janeiro, 2014.
3. Hofer M. Tomografia Computadorizada – Manual Prático de Ensino. Livraria e Editora Revinter Ltda, 2005.
4. Miglioretti DL, Johnson E, Williams A, et al. The Use of Computed Tomography in Pediatrics and the Associated Radiation Exposure and Estimated Cancer Risk. JAMA Pediatric. 2013;167(8):700–707. doi:10.1001/jamapediatrics.2013.311
5. Linet MS, Kim KP, Rajaraman P. Children's exposure to diagnostic medical radiation and cancer risk: epidemiologic and dosimetric considerations. Pediatr Radiol. 2009 Feb;39 Suppl 1(Suppl 1) S4-26. doi: 10.1007/s00247-008-1026-3. Epub 2008 Dec 16 PMID: 19083224; PMCID: PMC2814780.
6. Bernardo MO, Morgado F, Almeida FA. Redução da dose de radiação em tomografia computadorizada em crianças com traumatismo cranioencefálico não compromete o diagnóstico e a conduta. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2016;18(4):221.
7. Borisade CA, Famurewa OC, Ibitoye FI, Balogun FA. Organ Dose Distribution and Estimated Cancer Risk to Paediatric Patients Undergoing Computed Tomography in a Nigerian Tertiary Hospital. Journal of Advances in Medicine and Medical Research. 1-9, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.9734/jammr/2019/v29i730105. [Acesso: 12/01/2021].
8. Awad M F, Karout L, Arnous G, Rawashdeh MA, Hneiny L, Saade C. A systematic review on the current status of adult diagnostic reference levels in head, chest and abdominopelvic Computed Tomography. Journal of Radiological Protection. 2020.Disponível:https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1361-6498/ab826f. [Acesso: 12/01/2021].
9. BRASIL. RDC 330, de 20 de dezembro de 2019. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 de dez. 2019. Seção 1, ed, 249.
10. ICRU. Radiation Dose and Image Quality Assessment in Computed Tomography. Report 87. 2012.
11. Jormada TS, Silva TA. Obtenção das Grandezas Dosimétricas em Exames de Tomografia Computadorizada Pediátricas do Abdômen. IX Latin American IRPA Regional Congress on Radiation Protection and Safety - IRPA 2013 Rio de Janeiro, RJ, Brazil, April 15-19, 2013 Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica – SBPR.
12. Capeleti FF. Estudo da dose efetiva, razão sinal-ruído e razão contraste-ruído em tomografia computadorizada de múltiplos detectores. [Bacharelado – Física Médica] – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2010. Disponível: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/118510. [Acesso: 15/01/2021].
13. Mendes HR. Otimização da Qualidade da Imagem e Dose em Radiologia Pediátrica Usando Simulação Monte Carlo e Métodos Experimentais. [dissertação]. Instituto de Física “Gleb Wataghin” da Universidade Estadual de Campinas, 2018.
14. Afzalipour R, Abdollahi H, Hajializadeh MS, Jafari S, Mahdavi SR. Estimation of diagnostic reference levels for children computed tomography: A study in Tehran, Iran. International Journal of Radiation Research, Volume 17, n 3 July 2019.
15. AAPM. Pediatric Routine Head CT Protocols. 1–22 (2015). Disponível:https://www.aapm.org/pubs/CTProtocols/documents/PediatricRoutineHeadCT.pdf.[Acesso: 15/01/2021].
16. Real JV, Neczypor MR, Doro RB. Redução da dose de radiação em exames de tomografia computadorizada de crânio utilizando algoritmos de redução de ruído. Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes. 2020.
Disponível:https://cbmri.org.br/site/wpcontent/uploads/2020/11/CBMRI-18.pdf. [Acesso: 20/02/2021].
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de artigos originais para a Revista Brasileira de Física Médica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
A Revista Brasileira de Física Médica está sob a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International (CC BY-NC-ND 4.0).