Implementação de um Programa de Controle de Qualidade Remoto para Avaliação de Imagens em Radiografia Convencional e Mamografia
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2022.v16.19849001696Palavras-chave:
física médica, controle de qualidade, simulador, qualidade de imagem, radiologiaResumo
Estudos internacionais têm demonstrado que o acompanhamento regular da qualidade das imagens na radiografia e na mamografia tem impacto positivo nos programas de controle de qualidade (CQ) dessas modalidades de diagnóstico. Por serem realizados com menor periodicidade e poderem ser executados sem a presença de um especialista, estes ensaios exigem o uso de simuladores próprios e metodologias particulares que permitam sua aplicação rotineira na prática clínica. Neste sentido, o presente trabalho avaliou a implementação na prática clínica dos ensaios de controle de qualidade remoto propostos pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA Human Health Series – Nº39). Simuladores recomendados pela publicação da IAEA foram fabricados utilizando materiais disponíveis no mercado nacional (placas de acrílico, cobre e alumínio). Imagens destes simuladores foram adquiridas utilizando sistemas digitais e de radiologia computadorizada, em equipamentos de radiografia convencional e mamografia. Na análise das imagens foi empregado o programa desenvolvido e disponibilizado pela IAEA (ATIA), que quantifica de forma automática métricas avançadas de avaliação de qualidade de imagem, como SNR, SDNR, MTF, NNPS e índice de detectabilidade (d’), além de identificar artefatos na imagem e gerar mapas de variância. Os resultados obtidos indicam que é possível avaliar métricas quantitativas de qualidade de imagem ainda não incorporadas na rotina tradicional de CQ com simuladores de baixo custo e viável a partir do material disponível no mercado nacional. A avaliação periódica destas métricas, com periodicidade semanal ou mensal, deve facilitar a identificação de mudanças de desempenho dos sistemas de imagem, contribuindo para a implementação de práticas corretivas antes mesmo do controle de qualidade anual tradicionalmente exigido pelas normativas da ANVISA.
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Referências
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