A Formação em Física Médica no Brasil: Conhecimentos Específicos Oferecidos nos Cursos de Graduação das Universidades Públicas
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2021.v15.19849001634Palavras-chave:
currículo, formação em Física Médica, ciclo profissional, graduaçãoResumo
A formação qualificada de profissionais em Física Médica (FM) deve acompanhar o desenvolvimento da ciência e tecnologia e seu impacto na medicina. A demanda por profissionais na área é crescente e exige uma sólida formação a nível de graduação. No Brasil, a autonomia das Instituições de Ensino Superior (IESs) para definir o currículo, de acordo com o perfil profissional desejado para atender exigências dos mercados nacionais e locais, resultou numa diversificação na estrutura dos cursos de Física Médica no país. Desse modo, este trabalho tem como objetivo comparar e refletir sobre aspectos comuns e características curriculares dos cursos de graduação em Física Médica oferecidos pelas Universidades públicas do Brasil, com ênfase nos conhecimentos específicos para formação em Física Médica. Para isso, os projetos pedagógicos curriculares (PPCs) desses cursos foram consultados para analisar as matérias do ciclo profissional de cada IES, enquadrando-as em cinco categorias estabelecidas para esse estudo: radioterapia, medicina nuclear, diagnóstico por imagem – radiações ionizantes, diagnóstico por imagem – ressonância magnética e ultrassom, proteção radiológica e dosimetria. Foram tabelados as cargas horárias e os pré-requisitos das disciplinas que se enquadravam nessas categorias. Como resultado, observou-se uma ênfase em diferentes áreas variando o resultado de acordo com a universidade, levando em consideração o perfil profissional de físicos médicos que cada IES visa formar, para atender as demandas nacionais e locais. Os resultados sugerem que as universidades, na medida do possível, têm buscado atualizar o currículo a fim de cumprir seu papel de estarem se adaptando às novas necessidades no cenário atual.
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