Análise da percepção de risco da teleterapia dos serviços de radioterapia da região metropolitana do Rio de Janeiro

Autores

  • Adam de Freitas Burgos Instituto de Radioproteção e Dosimetria
  • Roberto Salomon de Souza Instituto Nacional de Câncer
  • Eduardo de Paiva Instituto de Radioproteção e Dosimetria

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n3.p38-41

Palavras-chave:

Risco em radioterapia, Percepção de risco, Proteção radiológica, Teleterapia, Radioterapia

Resumo

Atualmente existem poucas aplicações sobre a análise de risco em procedimentos relacionados à radioterapia, principalmente na prática de teleterapia. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção dos níveis de risco, presentes na prática de teleterapia (somente ao uso de aceleradores lineares), através de um formulário baseado no conceito da matriz de risco e em um banco de dados (SEVRRA) contendo informações sobre os processos referentes à rotina da teleterapia. Foi entregue para um físico médico de cada serviço, um formulário contendo informações referentes ao procedimento de teleterapia e um anexo indicando como preenche-lo adequadamente. Os resultados mostram que, de acordo com a opinião dos 16 físicos-médicos participantes, seis destas análises apresentaram um percentual de risco priorizado acima de 50 %, outras cinco apresentaram um percentual de risco priorizado entre 0 e 50%, e as restantes tiveram um percentual de risco priorizado nulo. Dois grupos de etapas apresentaram a maior incidência de processos classificados com riscos alto e muito alto: grupo de registros e planejamento do tratamento e grupo de equipamentos. Com isso foi possível encontrar os processos de maior risco destes grupos de etapas. Por fim, foi realizada uma análise sobre a eficiência dos controles mais presentes no formulário proposto. Dos quatro controles mais incidentes, três deles apresentaram um percentual de eficiência acima de 80 %, sendo viável os seus contínuos usos nos serviços analisados, assim como servindo de recomendação para o uso em outros serviços não analisados. Este estudo mostrou que, mesmo existindo um histórico considerável de acidentes para o procedimento de teleterapia, é possível não só identificar os riscos de maior expressão, mas também mitigar os mesmos, com base em ações e recomendações cabíveis para cada caso analisado adequadamente.

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Biografia do Autor

Adam de Freitas Burgos, Instituto de Radioproteção e Dosimetria

Departamento de Física Médica ; área: Radioterapia

Roberto Salomon de Souza, Instituto Nacional de Câncer

Programa de Qualidade em Radioterapia

Eduardo de Paiva, Instituto de Radioproteção e Dosimetria

Departamento de Física Médica ; área: Radioterapia

Referências

International Atomic Energy Agency, IAEA. Lessons learned from accidents in radiotherapy. Safety Reports Series No. 17. Vienna: IAEA, 2000.

International Atomic Energy Agency, IAEA. “Aplicación del método de la matriz de riesgo a la radioterapia”, IAEA-TECDOC-1685/S, 2012.

Norma CNEN NN-6.10 – “Requisitos de Segurança e Proteção Radiológica para Serviços de Radioterapia”, Novembro, 2014.

Vilaragut et al., Results of the probabilistic safety assessment to the cobalt-therapy process, NUCLEUS No. 36, (2004).

Vilaragut et al., Análisis probabilista de la seguridad (APS) del proceso de tratamiento de radioterapia con un Acelerador Lineal de usos médicos. Proceedings del Congreso de la Asociación Internacional de Protección Radiológica (IRPA 12), Buenos Aires (2008).

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Publicado

2016-10-06

Como Citar

Burgos, A. de F., de Souza, R. S., & de Paiva, E. (2016). Análise da percepção de risco da teleterapia dos serviços de radioterapia da região metropolitana do Rio de Janeiro. Revista Brasileira De Física Médica, 9(3), 38–41. https://doi.org/10.29384/rbfm.2015.v9.n3.p38-41

Edição

Seção

Artigo Original