Estudo da dose de radiação absorvida em indivíduo ocupacionalmente exposto em serviços de PET-CT.

Autores

  • Nelson Rodrigues Braga Universidade de Brasília
  • Araken dos Santos Werneck Rodrigues Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.29384/rbfm.2019.v13.n2.p35-42

Palavras-chave:

proteção radiológica, medicina nuclear, IOE, 18F-FDG/PET-CT,

Resumo

Nos primórdios do uso da radiação ionizantes, provenientes dos raios-X e dos radioisótopos, os efeitos deletérios nos indivíduos ocupacionalmente expostos(IOE) já eram observados. Ações protetivas foram adotadas utilizando blindagens plumbífera nos objetos a serem protegidos. Uma nova tecnologia a PET-CT que consiste em uma técnica que faz uso de radioisótopo emissor de pósitron, devido ao 18F, que tem como consequência a aniquilação do par elétron pósitron e emissão de dois fótons de alta energia, 511 keV, também teve de se pensar nos meios de proteção. Por tratar-se de fótons de alta energia, estes podem atravessar a matéria com mais facilidade, no entanto, a interação com núcleos pesados, como o chumbo, pode gerar a emissão de raios X característicos, com maior interação com átomos e moléculas do corpo humano. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida em dois momentos: no primeiro as aquisições foram realizadas sem o avental de proteção plumbífera e no segundo com o avental, para efeito de comparação. Esse procedimento foi realizado em duas etapas: a primeira etapa foi utilizada uma fonte de 18F-FDG com 10 mCi e na segunda de 137Cs com 194 µCi. Em ambas etapas e momentos foi simulado a exposição do IOE em serviços de PET-CT. Resultados: Na primeira etapa sem o avental a média de radiação absorvida pelos dosímetros foi 0,044 mSv e com o avental 0,054 mSv. Na segunda etapa sem o avental a média foi de 2,675 mSv e com o avental 2,8 mSv com espectro de radiação na do Raio-X entre 64 e 82 keV. Conclusão: Apesar dos níveis elevados de radiações envolvidas durante os serviços de PET/CT, não é recomendado o uso de avental de proteção plumbífera pelos IOE’S, em virtude da produção de Raios-X característico pelos átomos de chumbo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Flôr RdC, Kirchhof ALC. Uma prática educativa de sensibilização quanto à exposição a radiação ionizante com profissionais de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. 2006 maio: p. 271-8.

Saha GB. Fundamentals of Nuclear Pharmacy. 5th ed. Springer-Verlag , editor. Cleveland: Springer-Verlag; 2003.

CNEN. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL E CERTIFICAÇÃO PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS EM ITENS DE INSTALAÇÕES NUCLEARES. [Online].; 2011 [cited 2017 Setembro 11. Available from: HYPERLINK "http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm117.pdf" http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm117.pdf .

Scaff LAM. Física da Radioterapia. 1st ed. Savier , editor. São Paulo: CLR Balieiro Editores Ltda; 1997.

Tauhata L, Salati I, Di Prinzio R, Di Prinzio AR. Radioproteção e Dosimetria. 9th ed. Dosimetria IdRe, editor. Rio de Janeiro: Comissão Nacional de Energia Nuclear; 2013.

Xavier AM, Gaidano E, Moro JT, Heilbron PF. Princípios Básicos De Segurança E Proteção Radiológica. 4th ed. Nuclear CNdE, editor. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2014.

Fonseca RB, Amaral AdJ, Campos L. Eficácia de aventais equivalentes a 0,5 mm de chumbo em procedimentos PET usando o método Monte Carlo. Scientia Plena. 2012 Abril: p. 1.

Lowe VJ, Mullan BP, Hay ID, McIver , Kasperbauer L. 18F-FDG PET of Patients with Hu ̈rthle Cell Carcinoma. THE JOURNAL OF NUCLEAR MEDICINE. 2003 Setembro: p. 1402.

Welch MJ, Redvanly CS. Handbook of Radiopharmaceuticals. 1st ed. Chichester: Jhon Wiley & Sons ltda; 2003.

Flux G. The impact of PET and SPECT on dosimetry for targeted radionuclide therapy.. Zeitschrift für medizinische Physik. 2016: p. 47-59.

CNEN. CNEN. [Online].; 2014. Available from: HYPERLINK "http://www.cnen.gov.br" http://www.cnen.gov.br .

Biral AR. Radiações ionizantes para médicos, físicos e leigos Florianópolis: Insular; 2002.

Amundson SA, Bittner M, Meltzer P, Trent J, Forance Jr AJ. BIOLOGICAL INDICATORS FOR THE IDENTIFICATION OF IONIZING RADIATION EXPOSURE IN HUMANS. Revista Molecular Diagnostic. 2001: p. 345-357.

Peet DJ, Morton R, Hussein M, Alsafi K, Spyrou N. RADIATION PROTECTION IN FIXED PET/CT FACILITIES - DESIGN AND OPERATION. The British Journal of Radiology. 2012 May: p. 643-646.

ICRP. RECOMMENDATIONS OF THE INTERNATIONAL COMMISSION ON RADIOLOGICAL PROTECTION. 1977 January 17.

CNEN. http://www.cnen.gov.br. [Online].; 2014. Available from: HYPERLINK "http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf" http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf .

Oliveira RS, Carneiro-Leão AMdA. TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DE FDG-18 NA CLÍNICA MÉDICA ONCOLÓGICA. Acta Sci. Health Sci. 2007 August 03: p. 139-143.

Workman RB, Coleman RE. PET/CT Essentials for Clinical Practice Charleston: Springer; 2006.

Sarmento DM. Avaliação dos níveis de radiação ambiental no laboratório de tomografia por emissão de pósitrons acoplada a tomografia computadorizada, microPET/CT. INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES Autarquia associada à Universidade de São Paulo. 2016.

Pacheco EF. QUANTIFICAÇÃO DA DINÂMICA DE ESTRUTURAS EM IMAGENS DE MEDICINA NUCLEAR NA MODALIDADE PET. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle. 2012.

Huang B, Law MWM, Khong PL. WHOLE-BODY PET/CT SCANNING: ESTIMATION OF RADIATION DOSE AND CANCER RISK. RSNA Radiology. 2009;: p. 166-174.

Guillet B, Quentin , Waultier S, Bourrelly , Pisano P, Mundler. Technologist Radiation Exposure in Routine Clinical Practice with 18F-FDG PET. JOURNAL OF NUCLEAR MEDICINE TECHNOLOGY. 2005 September 3: p. 175-179.

Robilotta CC. A tomografia por emissão de pósitrons: uma nova modalidade na medicina nuclear brasileira. Rev Panam Salud Publica.. 2006 Feb: p. 134-42.

Downloads

Publicado

2019-12-28

Como Citar

Braga, N. R., & Rodrigues, A. dos S. W. (2019). Estudo da dose de radiação absorvida em indivíduo ocupacionalmente exposto em serviços de PET-CT. Revista Brasileira De Física Médica, 13(2), 35–42. https://doi.org/10.29384/rbfm.2019.v13.n2.p35-42

Edição

Seção

Artigo Original